Neste artigo/aula, vou tratar sobre o Egito Antigo. Uma região do antigo Oriente próximo ao norte da África, que se localiza ao redor do Rio Nilo e que hoje é o moderno Egito.
Entretanto, foi uma grande civilização da antiguidade, e suas características religiosas, políticas e literárias se mantiveram por muitos séculos.
Para falar de Egito Antigo, é importantíssimo que a gente se lembre da localização geográfica na qual essa civilização se desenvolveu.
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Livro O Egito dos faraós e sacerdotes.

Este livro é excelente para aprender mais sobre os aspectos culturais do Egito Antigo.
É um livro completo que trata sobre vários assuntos, bem como da estrutura econômica e política, procurando explicar de maneira didática como viviam os trabalhadores do campo nessa época.
Mostra também como viviam aqueles que arrecadavam os impostos e sobre a convivência entre a população, funcionários e realeza.
Além do mais, o livro procura mostrar as evidências de como era a vida doméstica, como viviam a sua religiosidade, na qual eles davam muita relevância.
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Localização Geográfica

Entretanto, essa civilização fazia parte da chamada Crescente Fértil, onde se tem diversos rios importantes, como o Rio Nilo, da civilização egípcia, o Rio Tigre e o Eufrates, da civilização da Mesopotâmia, e também o Rio Jordão.
Essa é uma região em torno de desertos, uma região árida, seca, mas que, graças a esses rios, consegue ali ter a possibilidade da sobrevivência das pessoas.
Inclusive, além das pessoas, também são responsáveis pelo abastecimento dos animais e do surgimento das primeiras civilizações que são importantíssimas para a gente entender a Antiguidade Oriental.
Outra questão importante quando a gente fala de Egito Antigo é se lembrar que essa civilização se localizava na África, ou seja, no continente africano, mais especificamente no norte da África, em torno, na margem de todo o Rio Nilo.
Portanto, é uma região localizada no norte da África e, obviamente, composta pela maioria da população negra. Então é importantíssimo ter essas definições na cabeça.
Importância do Rio Nilo na formação do Egito Antigo.

De fato, se confirma a afirmação de que o Rio Nilo é uma dádiva para o Egito Antigo. Sem o Rio, sem essa localização privilegiada, provavelmente não existiria a civilização egípcia.
Então, essa civilização que começou ali a se desenvolver a partir do ano 3100 a.C. tem o Rio Nilo como um grande presente e um grande meio de sobrevivência.
As cheias do Rio Nilo aconteciam entre julho e setembro e possibilitavam que as margens do rio ficassem férteis. Então, depois que essa cheia diminuía, que ela acabava, era possível fazer então as plantações.
Isso era muito importante para a civilização egípcia. E, a partir do momento em que essa sociedade conseguiu entender como essas cheias funcionavam, conseguiu também usar de técnicas agrícolas para usar essa água do rio.
Entretanto, isso foi cada vez mais importante e ajudou cada vez mais no desenvolvimento da agricultura egípcia.
Técnicas Egípcias na agricultura
Então, no início, os egípcios construíram diques, que eram barreiras para a água não passar ali para outro lugar. Construíram também as barragens que evitavam que essas cheias causassem desastres.
Além do mais, faziam também canais de irrigação, que eram espécies de caminhos que levavam a água do rio para um pouco mais longe para poder irrigar as plantações.
Todas essas técnicas foram importantíssimas para o abastecimento dessa sociedade.
Então, a partir desse controle das cheias e desse desenvolvimento da agricultura, essas sociedades, essas comunidades foram se formando em torno do rio Nilo.
De início, essas comunidades eram lideradas por pessoas que se destacavam, ou que tinham essa relação forte com a natureza, que sabiam dominar a natureza.
Isso é, são pessoas que eram fortes no sentido literal mesmo, militarmente, que conseguiram defender as suas regiões.
Mas, com o passar dos anos, devido a conquistas militares e formação de alianças, dois grandes reinos se formaram, o reino do Alto Egito e do Baixo Egito.
Unificação do Alto e do Baixo Egito.
No final do quarto milênio antes de Cristo, Menés, que era o líder do Alto Egito, vai fazer uma conquista militar extremamente importante, ele vai conseguir invadir e conquistar a região do Baixo Egito e vai unificar essas duas regiões.
Dessa forma, esse Rei vai se tornar o primeiro grande líder que centraliza o poder político, econômico, militar e religioso do Egito.
Com essa unificação e essa centralização do poder, o Egito passou então a ser governado por um líder político que centralizava o seu poder, chamado de faraó.
Significado de Faraó
Faraó significava casa grande, esse era o local destinado à administração central do Egito Antigo e depois passou a se tornar o sinônimo do líder, do grande líder do Egito.
Para a população, o faraó não era só um líder administrativo e político, mas ele também era o próprio Deus sobre a Terra. É por isso que o sistema de governo egípcio é conhecido como Teocracia, ou seja, Teu, Deus, e cracia, governo.
Dessa forma, era denominado o governo de um Deus. De acordo com a lenda, o Deus Sol, também chamado de Rá, teria se relacionado com uma mulher para gerar os herdeiros da quinta dinastia.
Dessa forma, os faraós eram vistos como Hórus, filhos do Deus Sol, em forma humana, possuindo um poder que tinha origem de Deus, ou seja, origem divina.
Esse poder divino era tão importante que os membros das famílias reais acreditavam que ele devia permanecer dentro da família, o que justificava a importância do sangue, entre aspas, na transmissão desse poder.
Muitas vezes, os irmãos casavam entre si no Egito Antigo para reforçar a autoridade da sua dinastia.
Detalhes sobre a soberania dinástica egípcia.
Geralmente, os governos egípcios eram marcados por dinastias muito longas e que tinham um poder por muitos anos.
A dinastia, basicamente, é quando você tem uma família, líderes ali, os soberanos, que são da mesma família no poder.
Claro que ocorriam guerras, conflitos, muitas vezes até golpes e mudanças de líderes que alteravam as dinastias, mas geralmente eram famílias de soberanos que ficavam muitos anos no poder.
Características da Realeza
É interessante quando a gente vê a imagem do faraó, principalmente nas estátuas e nos desenhos egípcios.
Ou seja, nós vemos o faraó com muito ouro, cheio de joias, com muitos símbolos, e isso era importantíssimo para a imagem do faraó quando ele saía em público.
É por isso que ele usava joias, trajes de luxo, aquela barba postiça, tudo isso era importantíssimo para o símbolo do poder que existia nesse faraó.
Geralmente, o faraó era um homem, era encarnado na figura masculina, até porque se dizia que esses deuses só podiam ser encarnados na figura do homem mesmo.
Mas o Egito teve alguns faraós, algumas rainhas, mulheres, como exemplo ao longo da história, quando foi necessário.
Fiquemos por aqui nesta primeira parte desse artigo sobre a civilização egípcia antiga, entretanto, no próximo artigo continuamos com a sequência desse conteúdo. Clique aqui para continuar estudando.
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