Feudalismo – Principais Características

Idade Média

Olá, Caro Aluno, nesta aula falaremos sobre o Feudalismo na Idade Média.

No entanto, o feudalismo teve sua predominância na Idade Média na Europa Ocidental.

Portanto, neste artigo você vai estudar temas como a organização social da idade média, a Economia Agrária, as relações de suserania e Vassalagem e etc.

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Características Feudais

O feudalismo foi um sistema político, econômico e social que surgiu na Europa entre os séculos V e XV, no período histórico conhecido como Idade Média.

Sendo a terra o principal símbolo do feudalismo, além de criar laços entre suseranos e vassalos, também era onde os camponeses atuavam, pagando tributos e servindo ao proprietário, conhecido como senhor feudal, em troca de proteção.

E como surgiu? Para conseguirmos entender a origem do feudalismo, temos que considerar quatro fatores. Primeiro, o Império Romano estava em decadência, causada principalmente pela crise no sistema escravista.

O segundo fator é que os povos bárbaros da Germânia, em busca de novas terras para produção agrícola, iniciaram, a partir dos séculos IV e V, o processo de conquista territorial sobre as regiões do decadente Império Romano.

Outro fato foi que, a partir do século VIII, os povos árabes começaram a invadir a Europa, resultando na retração do comércio marítimo em razão do bloqueio do litoral do mar Mediterrâneo.

E as pessoas começaram uma relação social com os grandes proprietários de terra, onde esses proprietários ofereciam proteção e uma parte de suas terras, e essas pessoas podiam trabalhar.

Porém, tinham que pagar impostos por meio de produtos ou trabalhos. Foi então que surgiu o feudalismo.

Por que do nome Feudalismo?

Esse nome vem da palavra feudo, que era o nome dado a uma grande área de terra que era constituída por várias instalações, como o castelo, a vila servil, a igreja, o moinho, o forno, entre outras instalações.

E como eles desenvolviam a economia? A economia feudal era baseada na prática agrícola, em que grande parte era voltada para o consumo próprio.

Os servos se comprometiam a trabalhar gratuitamente; porém, tinham que pagar alguns tributos, que deveriam ser pagos com trabalho ou produtos.

Entre eles, podemos destacar a corveia, trabalho gratuito dos servos nas terras senhoriais, geralmente exercido em três dias da semana.

Há diversos estudiosos que dizem que a sociedade feudal foi caracterizada por ser uma sociedade estamental, ou seja, não ocorria mobilidade entre as classes; logo, a posição social de um indivíduo se definia por sua origem de nascimento.

Contraponto

No entanto, segundo o historiador Lucas Lancaster, a sociedade estamental feudal não era tão restrita como muitos pregam.

Era muito mais complexa. Entendendo melhor, o que designava a tríplice função, ou seja, os clérigos, os nobres, camponeses e artesãos, não era, portanto, o fato de uma classe não poder fazer parte de outra.

A rigidez se dava na função de cada estamento. Isto é: o clero tinha uma função, a nobreza outra e, da mesma forma, os camponeses e artesãos; cada um deveria viver do seu ofício.

Sendo assim, não significava que uma pessoa não pudesse mudar de um estamento para o outro.

Para explicar melhor, precisa-se entender que o conceito de nobreza da Idade Média é diferente do atual, da Idade Contemporânea.

Isto significa que, para as pessoas da Idade Média, ser nobre era relacionado mais à meritocracia e ao desempenho pessoal em determinada área, e não por nascimento e família, como nos dias de hoje.

De tanto que, se um camponês se destacasse, por exemplo, como corajoso e valoroso na guerra, poderia, sim, ser investido como cavaleiro pelo seu senhor, em razão do seu mérito.

E mais: ser cavaleiro era a porta da nobreza. Isto é, uma vez se tornando cavaleiro, futuramente poderia receber um feudo do seu senhor e, assim, surgiria uma nova linhagem feudal.

Da mesma forma, o clero era formado, muitas vezes, pelas classes mais baixas, como pessoas oriundas de filhos de sapateiros, de lavadeiras, de camponeses etc. Inclusive, há histórias comprovadas de que até papas tinham suas raízes nessas classes.

Portanto, segundo esses estudos, não é tão inteligente dizer que não havia mobilidade social por questão de nascimento.

Sistema de Ordens da Sociedade Feudal

Eram esses três: o clero, que era responsável pelas orações; a nobreza, que era responsável pela proteção e defesa do sistema feudal; e, por fim, os servos, que eram responsáveis pela geração de bens, riquezas, serviços e produtos.

Nessa época, não existia um rei. Então, o poder político, apesar de formalmente residir na figura do rei, era, na prática, descentralizado e exercido pelos proprietários de terra, que ao rei prestavam serviços militares.

Outro fator importantíssimo é que a posse de terra constituía o principal símbolo de poder e autoridade.

A construção dessa autoridade se definia pelas relações de suserania e vassalagem, praticadas exclusivamente pelos elementos da nobreza feudal.

A transferência de terras formalizava os laços de dependência entre os doadores, conhecidos como suseranos, e os receptores, chamados de vassalos, que, em troca da doação do feudo, se comprometiam a prestar serviços militares para os seus suseranos.

Igreja Católica e Economia na Idade Média

A igreja era a principal instituição política do sistema feudal, que dominava a cultura letrada e controlava um expressivo patrimônio.

Percebe-se, deste modo, que a igreja realmente tinha um papel importante nessa época, mas, voltando a falar de economia, houve uma época de expansão do feudalismo.

Ou seja, com o fim das invasões do continente, a Europa testemunhou um período de estabilidade, o que gerou uma situação positiva em relação aos seus setores produtivos, que acabou gerando até um excedente agrícola.

Nesse mesmo momento, o comércio marítimo foi liberado e se intensificou, o que motivou o renascimento das práticas mercantis, ou seja, comerciais, tanto dentro do feudo como fora dele, e isso também estimulou o renascimento da vida urbana no continente europeu.

Crise no Feudalismo

Entretanto, a partir do século XIV, houve uma crise no feudalismo, causada por vários fatores, como a instabilidade climática, causada pelo desmatamento das florestas e as queimadas, e a propagação da peste negra, que matou quase um terço da população europeia.

Houve também a escassez dos metais preciosos, que financiavam as práticas mercantis, e a eclosão da guerra dos 100 anos. Então, a partir daí, o feudalismo foi entrando em declínio.

Finalizando, de maneira gradual foi migrando do sistema feudal para a chamada idade Moderna, onde, de forma natural foi mudando as relações feudais.

Isto é, alterou-se gradualmente a maneira de vida do período feudal, que eram baseadas na servidão e na posse territorial, e foi sendo instalado o capitalismo que se baseava na propriedade privada e na busca pelo lucro e muito mais

Na próxima aula, mais conteúdo sobre a Idade Média.

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